Pandemia, crise política no Brasil e no Mundo, guerra, desemprego, queda na renda familiar, alta dos gêneros alimentícios, custo de vida subindo, valores humanos em decadência, educação deficiente, aumento nas doenças mentais, piora na qualidade de vida e, assim, o planeta azul vai descendo a ladeira. Com todas essas mazelas, muitos podem sucumbir.
E … não podemos nos esquecer dos problemas e adversidades que todos nós estamos sujeitos no cotidiano, como questões no trabalho com os colegas, sócios e funcionários, dificuldades de cunho afetivo-social, desavenças na família, doenças, dores (físicas e\ou emocionais) e os pequenos infortúnios do dia a dia (como, ar-condicionado quebrado, problema com o carro etc.).
Em momentos de dificuldade ou crise, aumentar o nosso Capital Psicológico Positivo pode ajudar e fazer toda a diferença. Não apenas nos ajudando a lidar com as adversidades, mas a transformar as mesmas em oportunidade para crescer e evoluir apesar das crises e dificuldades.
Este artigo, aborda os fatores, que compõe o Capital Psicológico Positivo como: otimismo, autoeficácia, resiliência e esperança.
O QUE É CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO?
O Capital Psicológico Positivo vem ganhando importância à medida que o século XXI avança.
Pessoas e organizações estão reduzindo sua dependência das fontes tradicionais e investindo mais em formas alternativas de capital e suas variáveis, como por exemplo: no Capital Psicológico Positivo.
O Capital Psicológico Positivo é composto por quatro elementos, que podem ser avaliados e trabalhados separadamente. De acordo com várias pesquisas as pessoas bem-sucedidas (tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional) desenvolveram os quatro elementos que compõe este tipo de capital. Ou seja, são bastante autoconfiantes, otimistas, esperançosas e resilientes.
1) A autoconfiança (ou autoeficácia) é um padrão cognitivo aprendido, não herdado geneticamente. Ela representa a crença das pessoas em suas capacidades de produzir efeitos desejados, por meio de suas próprias ações e comportamentos. A crença base: “eu posso fazer” está o centro da autoeficácia. Ou seja, acreditar na própria capacidade para alcançar objetivos e fazer as coisas acontecerem. A autoeficácia possibilita uma sensação de controle que leva a produção de neuroendócrinos e catecolaminas (neurotransmissores envolvidos na administração do estresse). A sensação de autoeficácia reduz ainda a atividade cardíaca e rebaixa a pressão sanguínea, facilitando a resposta de enfrentamento de situações.
1) Esperança pode ser definida como o pensamento direcionado a metas. Pessoas com alta esperança têm configurações emocionais positivas e uma sensação de prazer oriunda de seu histórico de sucesso. Por outro lado, pessoas com baixa esperança possuem configurações emocionais negativas e um sentido de vazio emocional. Se a busca por objetivos não tiver êxito, muitas vezes porque a pessoa não consegue desviar-se de bloqueios ou adversidades, o resultado é a experimentação de emoções negativas, com prejuízo do processo de busca de objetivos.
1) O estilo explicativo ou atributivo, pode ser otimista ou pessimista, segundo Seligman (2010), este pode ser definido como a forma como explicamos para nós mesmos as coisas que nos acontecem. O estilo explicativo é a maneira habitual de explicar os acontecimentos da vida, é uma espécie de hábito de pensar adquirido na infância. É a marca que o define como otimista ou pessimista.
Pessoas otimistas pensam de uma maneira que as faz persistir diante das adversidades e problemas., esta característica as ajuda a alcançar o sucesso, pois persistem enquanto os outros desistem diante dos mesmos obstáculos.
Além disso, a forma de pensar das pessoas otimistas as faz valorizar e dar a devida atenção as suas conquistas.
1) A resiliência, pode ser descrita, como a capacidade de resistir e lidar bem com a adversidade, crise, problema ou mudança. A resiliência psíquica pessoal é mais disseminada e passível de transmissão do que se costumava pensar.
Essa capacidade tem raízes, não apenas nas crenças, valores, personalidade, genes, mas substancialmente em nossos hábitos mentais, que podem ser cultivados e\ou modificados.
Vale lembrar, que nenhum dos quatro elementos que compõe o Capital Psicológico Positivo é mais importante que o outro. Esses elementos estão relacionados, mas, de acordo com o conceito original, nenhum dos elementos alavanca por si só os outros e\ou tem uma importância ou função superior.
Ao trabalharmos com um potencializamos os demais, por exemplo, ao trabalhar o otimismo podemos nos tornar mais resilientes, ao estimular a resiliência, o otimismo pode melhorar, bem como o senso de autoeficácia, nos tornando mais esperançosos.
DICAS PARA TRABALHAR O CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO
1) Para trabalhar a autoconfiança, podemos pedir para o nosso cliente identificar quatro pessoas ou personagens que representam modelos de autoconfiança e ajudar o mesmo a identificar e modelar algumas características desses modelos.
1) A fim de aumentar a esperança, é bastante interessante estabelecer metas e planejar o futuro.
2) Reforçar a capacidade de acreditar em si mesmo e reconhecer as próprias qualidades, ajuda bastante a trabalhar a autoconfiança.
3) Podemos ajudar nossos clientes a se tornarem mais otimistas ao ensinar “maneiras específicas de pensar” quando enfrentam um problema e a aprender a ver os mesmos de forma mais animadora.
1) Perceber as adversidades e problemas como tendo causas externas, temporais e específicas pode ajudar a tornar as pessoas mais otimistas no dia a dia.
2) Para aumentar a resiliência podemos ajudar o cliente a perceber tudo que pode ser aprendido por meio das experiências desafiadoras e reconhecer o que fez no passado para enfrentar desafios.
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