Muito tem-se abordado a respeito das diferentes formas de terapia e de coaching, no entanto poucos são aqueles que conseguem definir, diferenciar e estabelecer quais são os principais objetivos de cada uma dessas formas de intervenção, delineando o público-alvo de cada uma delas.
Este trabalho objetiva diferenciar essas duas formas de intervenção que objetivam melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. Iniciaremos explicando o que é terapia e coaching, em seguida abordaremos a utilidade de cada umas dessas modalidades de intervenção, procurando especificar o público-alvo de cada uma delas, bem como aplicações, vantagens e limites. Finalmente, abordaremos questões relacionadas aos profissionais que desempenham essas práticas, bem como cuidados que cada um desses deve tomar ao exercer as mesmas.
Várias são os motivos que levam uma pessoa a iniciar um processo de coaching ou terapia, como por exemplo, uma crise pessoal, um conflito interpessoal, um determinado problema ou dificuldade, a necessidade de alcançar uma meta, obter maior qualidade de vida e satisfação entre outros. No entanto, apesar dos motivos que levas as pessoas a procurarem essas formas de intervenção sejam aparentemente os mesmos, quando avaliamos as particularidades de cada umas das abordagens seus públicos-alvo podem ser bastante diferentes. Assim, enquanto a terapia destina-se a trabalhar com uma pessoa que esteja doente, o coaching destina-se a pessoas saudáveis.
Muito confuso, não sei se devo escrever sobre isto (terapia x coaching), quero falar das diferenças das Terapias Positivas e a Psicologia Positiva, que é um campo novo onde é possível esclarecer as coisas e definir o que cada um faz.
O Contínuo: Terapia ou Coaching
Terapia ou Coaching?
Imaginemos uma escala representativa do bem-estar, de +10, passando pelo marco 0, até chegar no -10.
A maior parte da população encontra-se no marco 0 (zero), porém zero não representa qualidade de vida, e sim um passo muito próximo a beira de um abismo. De acordo com a OMS, saúde significa bem-estar físico e emocional, não a ausência de doença.
Metaforicamente, no lado negativo do contínuo de – 10 a – 1 estão os portadores de algum tipo de doença ou problema psicológico. Estas pessoas precisam realizar algum tipo de intervenção psicológica e\ou psiquiátrica. No entanto, as escolas de Psicologia clínica tradicional (TCC, Gestalt Terapia, Psicanálise, Terapia Existencialista, bioenergética, entre outras) levam o indivíduo até o marco 0 (zero), que como vimos não representar qualidade de vida. Esta parte do contínuo representa o que denominamos Prevenção Secundária.
O lado positivo da escala (de +1 a +10) representa a Potencialização Primária e Secundária, sendo uma das tarefas principais da Psicologia Positiva, auxiliar o indivíduo a alcançar esta parte do contínuo.
A proposta do trabalho realizado no PSI+ é estimular as pessoas a chegarem a parte positiva do contínuo, obtendo uma vida de qualidade, boa ou significativa, dependendo de seus objetivos e proposta. Em suma, a parte Positiva da escala (de +1 a +10) representa o que Synder e Lopez (2009) denominam Potencialização Primária (vida boa) ou secundária (vida significativa), enquanto a parte negativa (de -10 a -1) representa a Prevenção Secundária.
Esse conteúdo teve como objetivo definir, diferenciar e estabelecer os principais objetivos da terapia e coaching.
Por: Profa. Dra. Mônica Portella